PRINCIPIOS QUE ORIENTAM A DIREÇÃO DE UM CULTO QUE AGRADA AO SENHOR
Nessa aula, iremos conversar sobre a melhor maneira de dirigirmos um culto. Quando queremos fazer algo bem feito sempre desejamos um referencial, um modelo. Nesse sentido, uma curiosidade que vêem à nossa mente é saber como era o culto na igreja primitiva? A resposta à essa questão pode ser vista esparsamente em alguns textos bíblicos e também na história relatada pela tradição dos "pais da igreja" (os obreiros que sucederam os apóstolos). Os cristãos primitivos não concebiam a igreja como um lugar de culto como se faz hoje. A igreja significava para eles um corpo de pessoas numa relação pessoal com Cristo. Para tanto, os cristãos se reuniam em Casas (At 12. 12); no templo (At 5.12); em salas de aula (AT 19.9); nas sinagogas até quando foram permitidos (At 14.1-3). O lugar não era tão importante, mas sim, o que lhes importava é que o culto era o encontro para celebrarem a comunhão de uns para com os outros e para adorar a Deus.
No primeiro século, segundo escritos dos "pais da igreja", dois cultos eram realizados no primeiro dia da semana domingo. Esse dia foi adotado como dia de culto por ter sido o dia em que Cristo ressuscitou dentre os mortos (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). O culto da manhã, na igreja primitiva, certamente, incluía a leitura das Sagradas Escrituras (Cl 3.16); exortação pelo presbítero principal; orações e cânticos (Ef 5.19). A Festa do Amor chamada "Ágape" (1 Co11.20-22) precedia a ceia no culto da noite. Por volta do ano 100 da era cristã, a Festa do Amor tinha praticamente desaparecido, sendo a ceia celebrada no culto da manhã. Plínio escreveu aos cristãos uma carta endereçada originalmente a Trajano, na qual, dizia que os cristãos se encontravam ao romper do dia. (Apostila de História da Igreja – Setad, São Paulo, 1997, p. 7)
Nesse estudo estaremos aplicando o tema para os nossos dias. É preciso ter em mente alguns princípios para podermos dirigir um culto de modo a agradar ao Senhor.
I. SABER O QUE É UM CULTO.
A palavra "culto" significa ato ou efeito de cultuar. Cultuar é prestar reverência a uma divindade. No nosso caso, prestamos adoração ao único e verdadeiro Deus. Logo, a idéia de ir ao culto somente para receber uma bênção de Deus é muito incompleta. Na verdade, quando cultuamos a Deus devemos prioritariamente elevar ao Senhor nossa gratidão, nosso louvor e nossa adoração. Certamente, as demais coisas receberemos por acréscimo (Mt 6. 33). Quem dirige um culto deve estar atento à essa verdade e levar o povo de Deus essencialmente a adorar ao Pai celeste. É lamentável quando alguns líderes mostram meramente um Deus que tem quase a obrigação de suprir todos os desejos do povo (alguns até egoístas). Deus não supre nossos desejos, Ele supre as nossas necessidades (Sl 23.1; Fp 4.19). É triste ver alguém que dirija um culto, que apresente um Deus que não é soberano e, portanto, não é devidamente adorado.
II. LEVAR O POVO DE DEUS A ADORAR AO SENHOR EM ESPÍRITO E EM VERDADE.
No Santo Evangelho de Jesus segundo escreveu João capítulo 4, Jesus condenou o culto hipócrita dos judeus e o culto ignorante dos samaritanos. Ele declarou que o pai procura, ou seja, Ele está muito interessado em adoradores que O adorem em espírito e em verdade (v. 24). Mas, o que significa um culto em espírito e em verdade: Essa expressão tem quatro signficados:
1. Um culto eminentemente espiritual
Jesus quis dizer a mulher samaritana que vinha chegando a hora quando o povo de Deus não se preocuparia mais com o lugar da adoração (se no templo de Jerusalém ou se no monte Gerizim). O senhor quis ensinar que não é onde adoramos a Deus que tem valor; mas como O adoramos: Nossa adoração deve ser espiritual e verdadeira. Para tanto, devemos contar com a ajuda do Espírito Santo para adorar a Deus de forma que Lhe agrade. Isso porque Deus é espírito, e nós precisamos da ajuda do Espírito para poder adorar ao Senhor como devemos. É essa qualidade de culto que o Pai quer de nós.
2. Um culto com espontaneidade
Devemos ir ao templo para adorar ao senhor de livre vontade, com voluntariedade. Há um desejo natural de o ser humano em adorar a Deus e o nosso culto deve ser norteado por esse anseio. Não podemos ir ao culto porque temos um cargo; ou porque alguém vai implicar conosco caso não irmos; ou por mera obrigação. Na verdade, deve haver um desejo profundo e voluntário de glorificar a Deus. A conhecida ilustração do barulho do mar na concha é uma bela metáfora da naturalidade com que temos que cultuar ao Senhor.
3. Um culto com Liberdade
Adorar a Deus em espírito e em verdade também significa utilizarmos a condição de dispormos de nós mesmo para poder cultuar ao Senhor. Temos que exercer a faculdade que temos de render ações de graças, de louvar, e de adorar ao nosso Pai celestial. Temos que nos aproximar de Deus, com franqueza, tendo o prazer de exercer nosso livre arbítrio para glorificar ao Amado de nossa alma. Tudo aquilo que tira a liberdade do povo do Senhor louvá-Lo livremente deve ser evitado: repressão; excessos de regras sem sentido; formalismo; etc. Todo esse comportamento negativo impede que as pessoas louvem ao senhor "em verdade", ou seja, com sinceridade. É muito perigoso quando alguém começa fingir que está adorando ao Senhor. Mas, é maravilhoso quando estamos em um culto onde os servos de Deus adoram ao Pai celestial com liberdade. Onde há o Espírito Santo aí há liberdade. A regeneração de almas somente acontece em um ambiente onde há liberdade. Só há batismo com o Espírito Santo em um lugar onde existe liberdade para se glorificar a Jesus. Só acontece a distribuição dos dons espirituais quando as pessoas estão livres para receberem o derramar do Espírito Santo.
III. ORGANIZAR A DIREÇÃO DO CULTO
Dois extremos devem ser evitados quando vamos dirigir um culto: a improvisação displicente e preguiçosa; e a organização exagerada e formalista. Assim, podemos apresentar algumas sugestões para o planejamento do culto.
1. Prepare-se para dirigir o culto
Prepare-se previamente para o culto que você irá dirigir: ore e, se possível, jejue. Peça a direção do Senhor quanto a quem irá participar do culto; quanto a que hinos serão cantados; a quem você convidará para pregar; ore também para que não haja impedimentos para o fluir do Espírito Santo; ore para que Deus salve, cure, liberte, batize com o Espírito Santo, cure os enfermos e liberte vidas. Se quisermos as muitas bênçãos do senhor temos que orar como Jesus orava.
2. Comunique-se previamente
Não espere que as pessoas cumpram suas obrigações. Cumpra sua liderança. Telefone ou converse pessoalmente com as pessoas que estarão envolvidas no culto que você irá dirigir: o seu dirigente; técnico de som; quem irá dirigir os cânticos congregacionais; os demais louvores; ligue para o pregador dizendo que você está orando por ele, além de animá-lo, irá aumentar a responsabilidade dele. Enfim, não deixe as coisas ficar para em cima da hora. A preparação espiritual prévia para o culto faz muita diferença, no momento da adoração.
3. Seja espontâneo(a) no momento do culto
Comece o culto sorrindo. Viva sinceramente o prazer que é gozar a vida abundante que Cristo veio nos trazer. Mesmo que você esteja, em lutas, Jesus merece ser louvado. Mostre ao povo de Deus o gozo que é poder estar ali cultuando ao Senhor. Todavia, se você não estiver em condições psicológicas para dirigir o culto procure transferir essa honra para outra pessoa. Deus irá lhe entender.
4. Priorize o objetivo de glorificar ao Senhor
Lembre-se que o culto não ocorre prioritariamente só para recebermos bênçãos. A razão de ser do culto é a glorificação do Senhor. Quando damos prioridade para buscarmos ao Senhor em espírito e em verdade, as demais coisas nos são acrescentadas.
5. Valorize a oração no culto
Os cristãos mais fervorosos são os que mais oram; as igrejas que mais crescem são as que se acostumaram orar junto, de joelhos. Essa foi uma das causas da explosão do crescimento das igrejas carismáticas da década de 20 à década de 70. É lamentável o pouco valor que está se dando para a oração no culto, em nossos dias.
6. Escolha bem os hinos congregacionais
Se sua igreja utiliza alguma espécie de cancioneiro. Prefira começar o culto com canções de louvor, de adoração, e de invocação. Os hinários podem ser valorizados; mas, é preciso lembrar que nem todos os seus hinos são de louvor e adoração (há neles hinos de testemunho, hinos evangelísticos, e hinos de consagração). Podemos ponderar que, desde que usados com equilíbrio e graça, os corinhos de adoração elevam a espiritualidade de nossa alma.
7. Equilibre as oportunidades
Distribua as oportunidades de modo que toda a missão da igreja na terra seja contemplada: exaltação do Senhor; ministração que beneficie os próprios membros da igreja; pregação da Palavra de Deus, visando comunicar o evangelho; desafio ao povo de Deus para exercerem diaconia para com o mundo. As oportunidades devem distribuídas proporcionalmente quanto à quantidade e quanto ao tempo dedicado aos louvores congregacionais; aos cânticos solos ou de grupos; aos testemunhos (é uma pena que tantas bênçãos recebidas nas reuniões vespertinas não são testificadas nos cultos da noite!); às intercessões; a uma palavra curta; à pregação da palavra de Deus; ao apelo; à oração de aplicação da mensagem; aos avisos; ao encerramento; à oração final; e à bênção apostólica.
8. Lembre-se que todas as partes e elementos do culto são importantes
É errado dizer que a pregação é a parte mais importante do culto. Isso será verdade se, ao invés de ter tido anteriormente no culto, músicas que não louvaram ao Senhor (principalmente da forma congregacional) e nem edificaram a igreja. É lamentável quando de 4 a 10 pessoas cantam e todos o restante da igreja fica "assistindo". Será que Deus está se agradando disso? Outro problema: temos que admitir que é terrível estar em um culto em que ouvimos duas horas de música mal selecionada e depois pede-se que o(a) pregador(a) fale 10 minutos. É preciso saber que se ouvirmos a mensagem com a mente cansada vamos reter muito pouco o que ouvimos. Também é preciso, segundo bons ensinadores da Palavra de Deus, pelo menos 25 minutos para se pregar uma mensagem com introdução, desenvolvimento, conclusão, apelo e oração.
9. Valorize a pregação
Quanto ao (à) pregador (a) é bom combinarmos com o dirigente pelo menos dez dias antes do culto e convidarmos alguém em tempo hábil para essa pessoa se prepare. Entretanto, é preciso orar para pedir a direção de Deus: não convide ninguém simplesmente pela sua mente; peça a direção de Deus. Paulo Rogério Petrizi citando Juan Carlos Ortiz, que no seu livro "O Discípulo" fala da Igreja como sendo um orfanato cheio de bebês e que nós, os pastores, passamos grande parte de nosso tempo correndo atrás de "bebês" para dar-lhes "leite". A Igreja somente pode cumprir seu papel em meio à sociedade se prezar pela qualidade de vida cristã. Tenho certeza de que crentes verdadeiramente avivamos são capazes de revolucionar uma sociedade, uma nação, um país inteiro. Para que a Igreja possa alcançar sua estatura ideal, nos termos de Efésios 4:12 e 13, o ministério da pregação é fundamental. Verdadeiramente a pregação é prioridade na Igreja Cristã (Artigo: A importância do ministério da pregação para a igreja cristã). O Dr. Lloyd-Jones no livro "Pregação e Pregadores" relaciona o declínio da Igreja ao empobrecimento e desprestígio do púlpito. O grande número de crentes nominativos em nossas Igrejas é conseqüência dos púlpitos insossos, sem unção, vida, nem criatividade. Para que a Igreja cumpra seu papel no mundo é imprescindível que os pregadores desempenhem seu ministério eficientemente e façam com que a pregação seja algo relevante.
10. Depois do final do culto, avalie o culto que você dirigiu
Depois que chegar em casa faça uma retrospectiva: glorifique a Deus em oração posterior, por tudo o que deu certo; analise o que poderia ter sido melhor, para no próximo culto você aprimorar o seu trabalho. Deus irá lhe ajudar!
FONTE: BLOG DO PASTOR ROBSON DE BRITO
"MUDANDO VIDAS PELO PODER DA PALAVRA" Pastor Douglas Guedes em seu ministério têm compartilhado as Boas Novas de Jesus Cristo com dezenas de milhares de pessoas através de eventos evangelísticos e meios de comunicação. Nos últimos anos tem ministrado em países com necessidades missionárias e milhares de almas estão sendo resgatadas para Jesus Cristo. Contribuiu com artigos sobre questões de fé para inúmeras publicações, e ministrou a líderes seculares por onde têm chegado.
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...........................................................MINISTÉRIO "CUMPRINDO COM O IDE"
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É bem facil, falar de alguém, principalmente quando estamos do lado de fora,
É facil contar a história de alguem quando ela ja morreu, principalmente se participamos da vida de quem nos deixa…
O mais dificil é falar em frente ao espelho,…
Hebreus 11. Fala dos Heróis da Fé, e no verso 32, ele diz:
"O QUE MAIS DIREI..."
Falamos do que outros Fizeram, mas Deus quer contar a tua história.
CREIA VOCÊ É O ESPELHO DE ALGUÉM.
PR DDG
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PR DDG
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Um comentário:
GLORIA A DEUS
ME AJUDOU BASTANTE OBRIGADO
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